domingo, 31 de janeiro de 2016

Dia 26/12/2015 - Primeiro Dia - Brasilia - Presidente Prudente








Marcamos para nos encontrar no posto Ipiranga da saida sul, É claro que pelo menos 1 dos integrantes teve algum tipo de problema que atrasou nossa saida em 30 minutos.
Saimos as 6:30 h. Nosso destino neste primeiro dia foi Presidente Prudente no estado de São Paulo. Depos do café da manhã no Rota 60 seguimos viagem no deslocamento de 900 km deste primeiro
dia. Chegamos no fial do dia em Presidente Presidente Prudente sem incidentes.



Hotel em Presidente Prudente

sábado, 30 de janeiro de 2016

Dia 27/12/2015 - segundo dia - Presidente Prudente - Posadas

Presidente Prudente - Foz do Iguaçu
Foz do guaçu - Posadas
Hoje o dia foi cansativo.  
Foi menos km que ontem mas paramos mais e chegamos bem mais tarde no hotel em Posadas.  Correu tudo bem sem problemas,  apenas uma perdida quando entramos na Argentina,  o Henrique não se entendeu com o GPS e foi nas cataratas argentinas ao invés de pegar o caminho para Posadas.  Eu voltei para resgatá-lo mas  encontrei com ele já no caminho certo.




Perdemos 1 hora na fronteira,  teve uma fila enorme na entrada da Argentina, pediram apenas os documentos pessoais e da moto, nada de pedirem o seguro Carta Verde. 
Em Foz do Iguaçu perdemos quase 2 horas para fazer o câmbio.  No total do dia ficamos quase 5 horas parados.  Rodamos 908 kms. 
Pegamos um trecho de Serra com matas ao lado da estrada e chuvas bem abertas,  um espetáculo para moto, foi bem divertido. 
Pela primeira vez na viagem pegamos um temporal forte,  durou pouco mas foi bem forte.  Durante o dia  perdemos também muito tempo para colocar e tirar as capas de chuva,  esse troço é uma novela. Eu não coloquei a capa de chuva pois estava quente e não me preocupei em  molhar. Depois das chuvas a roupa secava em 30 minutos e ficava fresquinho neste tempo.  Quase o dia todo foi nublado e quente. Bem,  é  isso.  Amanhã teremos mais 900 km. Estamos no hotel jantando e marcamos para sair amanhã as 7 horas. 





sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

dia 28/12/2015 - Terceiro Dia Posadas a Rosário

Hoje saímos mais tarde do hotel,  o café da manhã começava as 7 horas,  e somente conseguimos sair as 8:30, pois alguns ainda tiveram que abastecer na saída.

Na verdade aí aconteceu o primeiro problema do dia.  No caminho do posto a gasolina do Arthur acabou,  mas como ele é prevenido,  estava carregando 5 litros na bagagem,  rapidamente resolveu o problema.
 Motos abastecidas  e começamos nossa jornada em uma sauna, 34 graus.  Um calor enorme. Esse foi o dia mais quente até agora.  O sol mostrou a cara praticamente o dia todo.
 O percurso na maior parte é muito monótono,  iniciamos seguindo as planícies dos pampas,  terras planas com fazendas de gado na sua maioria,  depois entramos nas retas de 20, 30 km com uma vegetação de restinga e no final algo que parecia mais o pantanal,  muita água e tudo plano.
 A enchente anunciada nos noticiários, aqui estava  visível,  tem lugares ao lado da pista com postes de luz quase completamente submersos e árvores mostrando somente o final das copas.
Fomos parados pela polícia pela primeira vez e nos pediram todos os documentos que preparamos para a viagem,  carta verde,  autorização etc.  Como estava tudo certo com todos,  nos liberaram sem necessidade de pagar a multa na hora (propina).
Na saída do posto policial aconteceu o segundo problema do dia,  a medida que ficávamos prontos,  saíamos. Com isso ficou pra trás o Eduardo,  Francisco e Marcos Ceotto e Henrique e Filipe.  Cem metros depois da polícia tinha um trevo e o GPS deles mostrava caminhos divergentes,  eles tiveram que optar por uma rota que acabou sendo mais longa.
Enquanto isso quem tinha saído na frente foi andando bem devagar para aguardar a turma de trás chegar.  Como eles não chegaram,  seguimos viagem para o destino final.   Ainda bem que resolvemos seguir pois eles fizeram outro caminho. Chegamos no hotel as 20:00h e a segunda turma chegou às 20:30h.
Usando o GPS temos duas forma de navegar, a primeira é utilizando rotas, com rotas o GPS é que calcula o caminho utilizando o mapa que está carregado na memória, como é um caminho dinâmico, se você sair da rota, ele considera o lugar que você está como partida e recalcula o caminho a partir daii. Isso é interessante mas pode causar problemas pois nem sempre o GPS calcula o melhor caminho para o destino, principalmente se utilizando mapas públicos, feitos pelos usuários, é comum se ter falhas nestes mapas fazendo o GPS calcular caminhos absurdos.
A segunda forma de navegar é utilizando trajetos, nesta forma de navegação você traça o caminho fixo que vai seguir e coloca no GPS. Essa opção considero  melhor para não ser pego por estas surpresas de recálculo de rotas que o GPS costuma fazer. Eu utilizei esta forma de navegação mas não é todo GPS que permite navegar desta forma.
Finalizamos o dia num jantar com "vacio de bife" . A vida aqui está mais cara do que no Brasil,  o litro da gasolina sai a R$ 4,34,  uma janta sai por R$ 110,00 por pessoa,  os hotéis em torno de R$ 130,00 por pessoa.
Amanhã vou sair mais cedo do que eles e vou me separar do grupo por 2 semanas,  vou fazer dois em um.  Vou rodar 1170 KM para chegar em Neuquen,  eles vão dormir no meio do caminho em Santa Rosa.  Vou fazer isso porque a Magda chega amanhã em Neuquen e vai me acompanhar até Ushuaia. Vamos estar 2 dias a frente da turma e com isso vamos parar um dia a El Chalten para conhecer a capital Argentina do Treking  e outro em Torres del Paine para conhecer o Parque nacional de mesmo nome. Nestas duas paradas vamos fazer caminhadas. Vamos nos encontrar novamente em Punta Arenas. Bem é  isso por hoje. Amanhã o relato da turma ficará a cargo do Filipe.  Eu relatarei minha viagem com a Magda.






quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Dia 29/12/2015 - Quarto dia- Rosário - Neuquem


Quando acordei hoje às 6 horas já sabia que iria iria sentir um pouco de sono durante o dia.  Ontem fui dormir tarde pois ficamos conversando até 1 da manhã.  Sai sozinho antes da chuva cair, o céu estava armando um grande temporal. 
As 7 horas já estava na estrada para fazer o dois em um,  quer dizer, fazer em 1 dia o que o resto da turma iria fazer em 2. Fui  direto para Neuquen com uma estimativa de rodar 1170 km.  A primeira parte deste trecho foi praticamente de plantações de feno e soja, ainda deu para ver as enchentes que assolam o norte da Argentina. A região ainda é muito agrícola. No final da manhã começaram a aparecer algumas fazendas de gado.  
Saindo de Santa Rosa, (aonde a turma irá dormir hoje), tudo muda,  começa com fazendas de gado e depois é só deserto no melhor estilo de Las Vegas. O calor estava insuportável. 

No caminho parei para conhecer no deserto o Parque Nacional Lihue Calel, umas montanhas no meio do deserto plano com um visual singular. Valeu a pena a parada pelo visual. O problema é que visitar um lugar desses sozinho para mim perde um pouco a graça, gostaria de poder ter compartilhado isto com a turma e com a Magda.
Andar sozinho tem suas vantagens,  o abastecimento e lanche são super rápidos, se consegue ir mais rápido também porque não precisa agrupar a turma e não tem que esperar ninguém.  Já as vantagens de andar em grupo é são a segurança no caso de algum problema e principalmente a companhia para brincar uns com os outros e quando o scala funciona ficar conversando com os parceiros. Se colocar na balança os prós e contras,  viajar com a turma ganha disparado. 
Agora vou começar minha aventura na melhor companhia possível, a minha parceira pra tudo, a Magda, como estarei na frente de todos e só vamos nos encontrar em Punta Arenas, a minha viagem agora será sem companhia de outra moto. Confesso que estou um pouco apreensivo pois problemas mais sérios que vierem a acontecer podem complicar a viagem. Outro ponto que me preocupa é se a Magda não gostar do sofrimento inerente a ficar em cima da moto o dia inteiro. Esta é a primeira viagem longa de moto que vamos fazer juntos. 
Cheguei em Neuquen as 18 horas, foi bem tranquia a viagem. Ficamos no hotel Howard Jonhson, um espetáculo com direito a um gostoso banho de piscina antes de jantarmos.
No hotel conhecemos um casal super experiente em viagens de moto, só nesta região eles já estiveram várias vezes. Eles nos indicaram  um caminho diferente do programado para amanhã, e é claro, mudamos o trajeto programado. Vamos cruzar a fronteira por San Martin de Los Andes para pegar um trecho de 1:30h de balsa dentro de um lago estreito com montanhas e matas e depois seguir já no Chile pela região dos 7 Lagos Chilenos.



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quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

dia 30/12/2015 - Quinto dia - Neuquen à Pucon

Hoje começa minha viagem com minha garupa, a Magda, minha esposa.

No hotel em Neuquen encontramos com vários motociclistas fazendo uma viagem como a nossa.
Em especial conversamos muito com um casal de SP, o Guilherme e a Flávia. Eles conhecem tudo da região, Já estiveram por aqui diversas vezes. Desta vez ficaram somente na região dos 7 lagos Chilenos e Argentinos. Ele nos falou de um outro caminho para ir para Pucon que eles gostaram muito. É um Passo que sai de San Martin de Los Andes pegando rípio por cerca de 50 Km e depois barco tipo balsa por uma hora e 30 minutos seguindo num lago maravilhoso com montanhas entrando na água, Paso Hua Hum. Eles falaram que era muito  mais bonito que o  que havíamos planejado anteriormente. A distância a ser percorrida seria um pouco maior, mas achamos que valeria a pena.


Já na saída percebemos uma grande diferença,  não foi quente.  Estamos nos aproximando dos Andes e nos despedimos do calor. Pegamos o deserto na saída de Neuquen até próximo a San Martin de Los Andes.


A partir daqui a paisagem muda radicalmente para montanhas cheias de pinheiros e lagos,  muitos lagos. Iniciamos nossa jornada no rípio.

Tinha certeza que com a moto de trilha seria uma diversão, mas com uma moto pesada, com carga e garupa, a história poderia ser outra. No início estava apreensivo, mas aos poucos fui me soltando  e como diz o Eduardo,  se tornou "uma delícia". Quando vi, já tinha chegado.  Foi uma correria os últimos 12 km para não perder a balsa.  Programamos o tempo sem saber que perderíamos 20 minutos na entrada do Chile.

Apesar de não ter fila, o procedimento é muito burocrático com muitas etapas.  Tivemos que tirar todas as malas da moto e passá-las no raio X.  Quando terminamos, tínhamos 13 minutos para andar 12 km no rípio. Fui a mais de 100 km/h. Aí é que ficou bom. Chegamos no limite do tempo na balsa, pois ela já estava de partida.

Conforme explicado pelo casal de SP, o passeio é imperdível, fantástico, como mostram as fotos.  As montanhas enormes despencam lago adentro abruptamente. Da balsa avistamos um vulcão praticamente na margem do lago. Um dos turistas que encontramos na balsa havia feito uma caminhada com a família até o topo do vulcão. Ficou a ideia para a próxima viagem.

Depois da balsa, andamos mais uns 10 à 15 km de rípio para chegar no asfalto e depois mais uns 10 km em um atalho. O resto do caminho foi serpenteando os lagos na região conhecida como 7 lagos chilenos. Era difícil passar de 70 km/h por conta das curvas e pela paisagem maravilhosa ao nosso redor. É sem dúvida um lugar a ser melhor explorado no futuro.
Com a correria na entrada do Chile, não cambiamos pesos chilenos, mas a Magda tinha trazido umas
notas que tínhamos em casa de outras viagens ao Chile. Paramos em uma banca de frutas na beira da estrada e tentamos comprar algumas frutas.  Na hora de pagar a atendente riu porque as notas eram de escudos chilenos, moeda não usada no Chile há muitos anos. Por sorte tinha um saco com algumas moedas do Chile atuais e com isso conseguimos comprar algumas frutas muito saborosas. Depois de comer as frutas começamos a consumir nosso estoque de barras de cereais que carregamos sempre para emergências como esta.

Praticamente o tempo todo no Chile até chegarmos em Pucom avistávamos de diversos ângulos o Vulcão Villarica,

Chegamos às 20:30h em Pucon e cambiamos dólares a taxa de 680 pesos por 1 dólar.
Estávamos confirmando a premissa de que não importa que horas saíamos, sempre chegaríamos a noite no hotel, pois como escurece tarde, ficávamos sempre gastando o tempo parando, admirando e tirando fotos dos lugares que passávamos.

Esse foi sem dúvida o melhor dia da viagem até agora primeiramente porque foi o primeiro dia com a Magda e em segundo lugar por ficar mais fresco e em terceiro lugar pelas paisagens que começaram a ficar maravilhosas. e espero quebrar esse record várias vezes. Estávamos exaustos, mas felizes.