segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Dia 02/01/2016 - Oitavo dia - Futaleufu - Coyhaique


Hoje saímos de Futaleufu sem saber aonde iríamos dormir.  É a primeira vez que não temos reserva de hotel. 

Se fosse possível,  passaríamos de Puyuhuapi, que era a parada inicialmente programada, mas era somente a 175 km de distância.  Achávamos que seria tudo de rípio e que poderia demorar.  Engano nosso,  tem trechos asfaltados. 

Na saída pegamos 77km de rípio até chegar na famosa ruta 7, a CARRETERA AUSTRAL.  Depois pegamos 31 km de asfalto e 44 de rípio,  agora um rípio mais perigoso muito solto e trechos sem trilho dos carros. Quase me arrependi de não ter baixado a calibragem dos pneus. Chegamos em La Junta, abastecemos e continuamos.  O caminho até aqui é na maior parte margeando rios e lagos.

Puyuhuapi é uma cidade pequena que fica em um braço do Pacífico bem longe do mar aberto. Não tem nada de especial,  chega a ser feia com casas velhas e mal cuidadas. O único posto de gasolina da cidade tinha racionamento, mas isso não foi um transtorno, pois a quantidade máxima permitida para compra foi suficiente para enchermos nosso tanque. Como ainda eram 11:30 da manhã,  resolvemos continuar. A poucos km da cidade,  na beira do Pacífico, passamos por uma placa com o nome "termas". Foi o tempo de perguntar para a Magda "Vamos?“  e fizemos o retorno.  Ficamos 2 horas parados e com vontade de ficar mais. As várias piscinas termais ficavam na beira do pacífico e com uma sugestiva escada mar adentro. De dentro da piscina, vimos até golfinhos no mar!
Banho no Pacífico
Depois de ficar algum tempo nas águas termais a quase 40 grau, entramos nas águas gélidas do Pacífico pela primeira vez na viagem. Acho que não vamos mais ver o Pacífico.

Saindo das termas fomos para a atração planejada deste trecho, o Ventisquero Colgante no Parque Nacional Queulat, uma geleira com um rio lindíssimo. Sai da rota somente 2 km e vale muito a pena. As fotos mostram o que estou falando. Fizemos uma caminhada relativamente curta e pegamos um barco para chegarmos mais perto da geleira, passeio que também valeu a pena. No início estava com muitas nuvens tampando a geleira, mas logo em seguida o tempo abriu. É incrível como o tempo abre e fecha em questão de minutos.

O resto do caminho era a atração principal,  estrada por entre montanhas e rios,  cruzando serras e geleiras.


Ventisquero Colgante
Abastecemos novamente e jantamos  em Mañihuales. Dormiríamos  lá se houvesse hotel. Como não havia,  e seria somente mais 130 km de asfalto até Coyhaique, resolvemos ir adiante mesmo já quase escurecendo.  Faltando 65 km e já escuro,  tinha uma bifurcação,  os dois caminhos iam para Coyhaique só que um deles 130 km de asfalto e o outro 65 de terra. Pegamos a terra e não nos arrependemos. O caminho, mesmo de noite, era muito prazeroso de pilotar. Para nossa agradável surpresa,  os últimos 10km foram de asfalto.  Não que eu não goste de andar na terra,  até prefiro,  mas naquela hora,  depois de mais de 14 horas na moto,  queria chegar e descansar.  Pegamos 8 graus celsius, mas com nossas roupas isso não foi problema.
O hotel que não tínhamos reserva foi fácil de encontrar.
Ficamos com capa de chuva quase o dia inteiro. 

Mais um dia de tirar o fôlego. A Carretera Austral é tudo que nos falaram e muito mais. Ficamos encantados com nosso primeiro dia percorrendo ela.



































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